quinta-feira, 29 de julho de 2010

Uma 'travessia' que justifica o papel socializador da escola



Acompanhe a história de Seu Manoel e se emocione. Falar aqui sobre ele, é - sem o menor exagero - tarefa árdua, embaraçosa. As imagens e o seu rico depoimento falam por si sós. Delatam, com o jeito brejeiro de quem se acostumou à vida simples, a sua admirável biografia.

Aluno do Programa Travessia na Escola Estadual Getúlio de Andrade - em Bezerros, Manoel Alves da Costa não esconde de ninguém que, durante 60 anos, abdicou do direito de estudar para sustentar a família. Anos difíceis... relembra ele.

Hoje, conta com orgulho como se deixou seduzir pela leitura e pelo método aprazível das aulas no Programa Travessia - para ele, um direito; e até parafraseia o educador Paulo Freire - segundo ele, um exemplo de amor aos estudos.

Tanto tempo se sentido excluído e vendo a sua cidadania cassada, Seu Manoel é - agora, também - uma espécie de farol àqueles que acreditam no papel da escola, que - não tenhamos dúvida - é o de, acima de tudo, pragmatizar o processo espinhoso, mas factível, da socialização, da inclusão.

Bem, àqueles que ainda não acreditam... perguntem a Manoel Alves da Costa - o seu Manoel! Ele é testemunha.

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